Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CV

Subárea: Saúde

Órgão de Fomento: Nenhum órgão de fomento

AUTORES: Flor de Lis Carlos Garcia (Autor)
cristiane maretti marangoni valli (Orientador)
Título
A rede de saúde mental, legislação e a participação na gestão da saúde em um Caps III
Palavras-Chave
Caps, saúde-doença, autonomia, gestão em saúde, legislação
Resumo
O presente trabalho se alicerçou na Reforma Psiquiátrica e na desospitalização. Estes movimentos, que ocorreram no Brasil no final de 1980, desfizeram a lógica manicomial e passaram a fazer uma defesa ativa do tratamento humanizado, de base comunitária e consonante aos direitos da pessoa com transtorno mental. Para garantir estes princípios, os Caps foram criados, como serviços de saúde substitutivos ao manicômio, visando à reabilitação psicossocial da pessoa com transtorno mental. Fiel a esta premissa, objetivou-se com este trabalho desenvolver a autonomia de usuários e familiares de um Caps III, em relação ao processo saúde e doença. Para tanto, foram realizadas oficinas nos meses de março até a presente data, em conjunto com os técnicos do serviço, utilizando dinâmica de grupo, grupo operativo e dramatizações, envolvendo as temáticas: prognóstico; direitos da pessoa com transtorno mental; legislação; trabalho e renda; rede de assistência em saúde mental; participação na gestão de saúde; e, conselhos de saúde – local, distrital e municipal. Para o delineamento das oficinas foram feitas reunião com representantes das miniequipes do serviço; leitura de prontuários para apropriação do histórico de vida, tratamento e qualidade dos vínculos familiares dos participantes; e, levantamento bibliográfico das temáticas propostas que subsidiaram as oficinas e foram traduzidas em atividades extensionistas. Optou-se pelo número reduzido de 10 participantes para facilitar o processo de integração e comunicação. As atividades de extensão realizadas até então, já que o presente plano está em andamento, resultaram na construção de um saber compartilhado (sobre o processo de saúde/doença) entre o público-alvo e a Universidade, já que os conhecimentos científicos advindos da equipe universitária se entrelaçaram com os saberes provindos dos pacientes e familiares. Tal construção de saber obedeceu, portanto, a premissa de uma ação dialógica.
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