|
Publicado no VII CBEU, em 2016. Área: CV Subárea: Saúde Órgão de Fomento: Nenhum órgão de fomento |
AUTORES:
Antonio Richard Carias (Autor) cristiane maretti marangoni valli (Orientador) |
| Título |
| CONHECE-TE A TI MESMO: O TRANSTORNO MENTAL E A BUSCA DA AUTONOMIA |
| Palavras-Chave |
| Caps, saúde-doença, autonomia, transtorno mental |
| Resumo |
| O trabalho extensionista se fundamenta na Reforma Psiquiátrica ocorrido no Brasil no final da década de 1980. Tal movimento foi capaz de romper com o modelo manicomial, promovendo mudanças radicais na compreensão da doença mental e na forma pela qual ela passou a ser tratada. Produto destas transformações surgiram os Caps como serviços de saúde substitutivos a prática hospitalocêntrica e em consonância com um tratamento humanizado. Tais equipamentos tem a finalidade de reabilitar psicossocialmente à pessoa em sofrimento psíquico através de um trabalho intersetorial e territorial. Em harmonia com esta premissa, este trabalho visa à implantação de oficinas que foram oferecidas a pacientes de um Caps III, objetivando a autonomia dos usuários, quanto ao processo de saúde/doença. Para tanto, em conjunto com os técnicos do serviço, foram propostas reflexões, discussões e dinâmicas de grupo aos pacientes abarcando as seguintes temáticas: normal, psicopatológico, neuroses, psicoses, sintomatologia, crise psiquiátrica, leito noite, e tratamento. Para a execução das oficinas foi realizado levantamento bibliográfico, reunião com as miniequipes do Caps e leitura dos prontuários para a compreensão da história de vida, do sofrimento psíquico e do tratamento. Para melhor aproveitamento da comunicação optou-se pelo número de 10 pacientes. Como se trata de um plano extensionista as oficinas realizadas (de março até a presente data) puderam construir um saber compartilhado (sobre o processo saúde/doença) entre os usuários e a equipe universitária, em uma ação dialógica, em que a academia forneceu o conhecimento científico, ao passo que os usuários entraram com os seus saberes. O intercâmbio de saberes propiciou a instrumentalização do público-alvo sobre o adoecimento e a saúde, cumprindo a função extensionista, promoveu também novas questões (oxigenando a pesquisa) e, ainda, alicerçou o ensino em bases práticas e responsável socialmente. |
