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Publicado no VII CBEU, em 2016. Área: CSA Subárea: Trabalho Órgão de Fomento: Universidade Federal de Viçosa |
AUTORES:
Natália Lopes de Freitas (Autor) Júnia Marise Matos de Sousa (Orientador) Marli Santos Rosado (Co-Autor) |
| Título |
| REFORMA AGRÁRIA E AGROINDÚSTRIA FAMILIAR: REFLETINDO SOBRE AS EXPERIÊNCIAS DE MULHERES AGROEXTRATIVISTAS DO ASSENTAMENTO SÃO FRANCISCO EM BURITIZEIRO/MG |
| Palavras-Chave |
| Assentamento; Soberania Alimentar; e Segurança Alimentar |
| Resumo |
| Este artigo tem como objetivo apresentar os resultados de experiências vivenciadas por mulheres agroextrativistas do Assentamento São Francisco, localizado na região norte do estado de Minas Gerais, na cidade de Buritizeiros, especificamente sobre os resultados de ações de extensão desenvolvidas no ano de 2012, com um grupo de 10 mulheres que se organizavam em sistema de produção coletiva e desenvolvem a atividade agroextrativista a partir da coleta e processamento de frutos do cerrado. As mesmas produzem a partir dos seus saberes doces, compotas e licores, ampliando assim a possibilidade de geração de renda pela família assentada. Mostraremos a relação da vulnerabilidade econômica e social em que se encontravam estas famílias, que tinha impactos diretos sobre a segurança alimentar, pois muitas só tinham como alimento o que se eram produzidas nas veredas dessa região, tipo de vegetação presente em 18 dos 29 lotes existentes, justamente as terras mais férteis para a atividade agrícola local. Outrossim, destaca-se a questão da produção e comercialização de alimentos e as limitações observadas para agregação de valor aos produtos. A metodologia utilizada para a construção dos dados desta pesquisa se pautou em oficinas diagnósticas e observação participante, sendo os relatos e dados submetidos à análise dos conteúdos. Foram realizadas oficinas de intervenção a partir de demandas previamente identificadas, objetivando incrementar a qualidade dos produtos, agregarem valor e melhorar a renda destas famílias. Considerou-se ainda a análise do perfil de cada mulher e sua inserção no processo de produção, bem como a percepção sobre os seus produtos no que diz respeito às técnicas de embalagem e rotulagem, qualidade, preço, estratégias de marketing e outros. Os resultados revelaram que a produção dos alimentos apresentava carências relativas à variação e diversidade de produtos e apresentação, o que limitava o valor agregado e valorização do produto. |
