Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CSA

Subárea: Comunicação

Órgão de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

AUTORES: Jéssyca Carvalho Lemos (Autor)
Dener Luiz da Silva (Orientador)
Marcos William Moreira Oliveira (Co-Autor)
Título
Oficinas de ludicidade digital: a Sociologia da Infância e as novas TIC’s
Palavras-Chave
Jovens Tutelados; TIC's; Sociologia da Infância; Inclusão Digital;
Resumo
Cada vez mais o mundo virtual torna-se parte integrante na construção social contemporânea. Reconhece-se que, no atual estágio de integração Sociedade-Tecnologias da Informação, torna-se impossível dissociá-las. O presente trabalho reflete a experiência de estagiários do curso de Psicologia da UFSJ, em projeto de extensão intitulado “Lan House Universitária”. Tal projeto tem como principal objetivo o desenvolvimento de oficinas de ludicidade digital direcionadas a públicos vulneráveis de São João Del-Rei, visando a inclusão e produção digitais. Discute-se, especialmente, oficinas direcionadas a dez jovens tutelados residentes na Casa Lar da cidade. As referidas oficinas vêm acontecendo há três semestres acolhendo demandas dos próprios sujeitos, de modo a proporcionar ambiente de desenvolvimento social e psicológico significativo para os mesmos. As oficinas ocorrem semanalmente, com duração média de uma hora e meia. A cada encontro os jovens são acolhidos e convidados a responderem ativamente à proposta que surge, geralmente, como produção coletiva e mediada pelos estagiários. A experiência das oficinas tem revelado dados acerca dos conteúdos acessados pelos oficinandos, bem como de sua relação com os mesmos. Chama atenção a forma como atividade e passividade frente à internet e seus conteúdos – oferecidos como sugestões baseadas em históricos de busca – se alternam e se complementam, revelando a maneira com que os sujeitos significam suas relações com as TIC's e com o grupo. Tais observações encontram amparo nas proposições da Sociologia da Infância, especialmente nos conceitos de Reprodução Interpretativa e Cultura de Pares. Verificamos que os jovens tutelados não se mostram dependentes ou em uma postura passiva diante das sugestões advindas dos mecanismos de busca, ao mesmo tempo em que as relações grupais se configuram em uma cultura de pares singular. Ambos os movimentos, dialeticamente, constituem a rica e dinâmica experiência dos jovens diante do computador.
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