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Publicado no VII CBEU, em 2016. Área: CV Subárea: Saúde Órgão de Fomento: Fundação Estadual do Norte Fluminense |
AUTORES:
Inácio Silva Viana (Autor) Gabriela Bravim Lemos (Autor) Manoel Ricardo de Miranda Lopes (Autor) Laura Pereira Martins (Autor) Paula Alessandra Di Filippo (Orientador) |
| Título |
| PROJETO CARROCEIRO: BEM ESTAR DEEQUÍDEOS E PREOCUPAÇÃO SOCIAL |
| Palavras-Chave |
| carroça; extensão; maus tratos. |
| Resumo |
| Projeto Carroceiro visa promover, através do atendimento médico veterinário gratuito, o bem-estar dos animais de carroça assim como, melhorar as condições de vida dos trabalhadores que utilizam a carroça como principal fonte de renda. O projeto vem sendo desenvolvido no Hospital Veterinário da UENF. Os carroceiros são cadastrados, os animais identificados, submetidos a exames clínicos e tratados. Os proprietários fornecem dados para o preenchimento de um questionário socioeconômico. Cartilhas contendo informações básicas de nutrição, manejo correto dos animais e zoonoses são distribuídas durante o atendimento. Desde o início do projeto em março de 2015 até março de 2016, trinta e sete (37) animais foram atendidos. Dentre os achados clínicos diagnosticou-se desnutrição (n=3), tétano (n=3), fraturas (n=3), feridas (n=12), cólica (n=4), intoxicação medicamentosa (n=2), úlcera de córnea (n=1), tumor cutâneo (n=4), alterações dentárias (n=3) e diarréia (n=2). Os animais apresentavam baixo escore corporal (92%), ausência de vacinação (90%) e de desverminação (60%). Na avaliação socioeconômica contatou-se que a maioria dos proprietários possui idade maior que trinta anos, que estes começaram a trabalhar antes de completar a maioridade e optaram pela profissão de carroceiro por necessidade financeira. Destes apenas 22,2% tinham ensino médio completo, 33,34% ensino médio incompleto e 44,4% fundamental incompleto. Em relação a renda familiar, 44,44% possuíam renda abaixo de R$700, 44,45% entre R$700 e R$1000 e apenas 11,11% possuíam renda acima de R$1000. Os achados chamam a atenção, visto que, a grande maioria das lesões diagnosticadas relacionam-se a falta de manejo zootécnico, de vacinação profilática, de nutrição adequada, maus tratos e conhecimento. O projeto vem orientando e auxiliando os proprietários com relação aos cuidados que os animais devem ter. Permite ainda a criação de um elo de confiança entre a sociedade e a universidade e entre, ensino, pesquisa e extensão. |
