Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CV

Subárea: Saúde

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Alfenas

AUTORES: Herminia Yohko Kanamura (Autor)
Raquel Lopes Martins Souza (Co-Autor)
Ivo Santana Caldas (Co-Autor)
Rita Maria da Silva (Colaborador)
Cybele Gargioni (Colaborador)
Elda Gonçalves dos Santos (Colaborador)
Título
ESQUISTOSSOMOSE E ENTEROPARASITOSES: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ASSOCIADA À EDUCAÇÃO AMBIENTAL E EM SAÚDE
Palavras-Chave
Esquistossomose, Enteroparasitoses, Educação Ambiental
Resumo
Este trabalho, desenvolvido nos municípios de Arceburgo (A) e Guaranésia (G), na área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Alfenas, MG, teve como objetivo contribuir com a vigilância da esquistossomose, em área considerada não endêmica. Ao contrário de outras áreas do estado, endêmicas para a esquistossomose, nesta área, localizada ao sudoeste do estado, há dúvidas sobre o número e a distribuição de casos da doença, assim como possível existência de focos ativos de transmissão. Assim, foram desenvolvidas atividades de Educação Ambiental e em Saúde (EAS), tendo como público alvo escolares do 5º ano do ensino fundamental, de forma a abordar cada um dos municípios como um todo, para promover a conscientização quanto aos riscos de adquirir doenças parasitárias e como estratégia de sensibilização, para estimular o fornecimento de amostras clínicas para o exame laboratorial. Participaram das atividades educativas, discentes de diferentes cursos de graduação, os quais foram preparados através de oficinas de estudo e discussão dos temas a serem trabalhados com as crianças. Amostras fecais de 100 migrantes (34 de A e 66 de G) e de 147 crianças (48 e 99, respectivamente) foram submetidas aos métodos de Kato-Katz, sedimentação espontânea e concentração pelo formol-éter. A frequência de infecção por S. mansoni (Sm) entre os migrantes foi de 12,1%, em G, e de 0, em A. Entre as crianças, não foram detectados casos de esquistossomose em A, mas um escolar de G apresentou-se positivo. A partir deste caso, outros membros da família foram diagnosticados como positivos para Sm. Os dados foram ainda analisados para verificar a prevalência de enteroparasitoses, encontrando-se taxas de positividade, respectivamente para A e G, de 12,5% e 19,2%, entre escolares, e de 32,3% e 30,3%, entre migrantes. Os resultados sugerem diferenças em relação ao risco de exposição ao Sm e a importância da EAS e da vigilância epidemiológica, mesmo em áreas não endêmicas.
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