Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CV

Subárea: Saúde

Órgão de Fomento: Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho

AUTORES: Juliana Medeiros de Almeida (Autor)
Diana Pancini de Sá Antunes Ribeiro (Orientador)
Luiza Rodrigues da Silva Alcantara (Co-Autor)
Gabriela Patuto Silva (Co-Autor)
Priscila Soares Navarro Buzzo (Co-Autor)
Mateus Augusto Felix Costa (Co-Autor)
Camila Sant’Anna Vieira (Co-Autor)
Jéssica Milca Pinheiro (Co-Autor)
Título
Enquadres clínicos winnicottianos na saúde pública.
Palavras-Chave
Psicanálise; Saúde Pública; Unidade Básica de Saúde.
Resumo
A partir da consolidação do Sistema Único de Saúde, observa-se que o psicólogo se apropriou do espaço de atuação na saúde pública. No entanto, sua inserção nesse campo é dificultada pela falta de oportunidades, formação não direcionada ou insuficiente, e pelo modelo da clínica clássica enraizado em sua prática. O psicanalista D. W. Winnicott introduz a possibilidade de ‘sermos psicanalistas fazendo outra coisa’, que, neste caso, seria mais apropriada à realidade da saúde pública e à atualidade. A necessidade do paciente, que varia de acordo com a natureza do distúrbio apresentado e a provisão ambiental, determina a técnica utilizada. Por meio da psicanálise winnicottiana, este projeto se organizou utilizando o conceito de holding (cuidado), buscando prover atenção psicológica às crianças usuárias de serviços públicos de saúde mental e possibilitar aos alunos de psicologia aproximar conhecimento teórico à prática clínica com população que se encontra, em geral, em vulnerabilidade social. Utilizando-se da psicanálise, nove alunos de psicologia de quarto e quinto anos, acolhem crianças de até 12 anos e seus responsáveis em unidades de saúde municipais. A necessidade dos envolvidos é atendida por meio de encaminhamentos da rede pública de saúde, rede social e serviços da autarquia municipal de esporte e cultura. São atendidas, em média, 120 pessoas/ano, entre elas crianças e seus responsáveis, em atendimentos psicoterápicos, grupos de sala de espera e avaliações psicológicas. Observam-se demandas sociais e de outras especialidades nesses atendimentos. Notam-se também impasses na atuação do psicólogo na saúde pública, relacionadas às dificuldades em responder demandas devido a questões de estrutura física e estrutura humana/profissional. Apesar das dificuldades, entende-se que o ambiente das unidades de saúde pública pode potencializar enquadres clínicos diferenciados, permitindo que a criança brinque de forma espontânea, o que, para Winnicott, é sinônimo de saúde.
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