Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CV

Subárea: Saúde

Órgão de Fomento: Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho

AUTORES: Juliana Medeiros de Almeida (Autor)
Diana Pancini de Sá Antunes Ribeiro (Orientador)
Gabriela Patuto Silva (Co-Autor)
Amália Salvador Batista (Co-Autor)
Ingrid Salgueiro Jarandilha da Silva (Co-Autor)
Jéssica Milca Pinheiro (Co-Autor)
Título
Sala de espera com gestantes e acompanhantes em instituição pública de saúde.
Palavras-Chave
Winnicott; Gestantes; Unidade Básica de Saúde.
Resumo
A gravidez é uma vivência de muita intensidade e solicita reajustamentos interpessoais e intrapsíquicos por parte da gestante e de seus familiares que favoreçam o processo gestacional e de acolhimento ao novo membro da família. Uma vez que a mulher se torna mãe, a percepção de si se altera, assim como o lugar que ocupa na família e na sociedade. Levando em consideração tais mudanças biopsicossociais faz-se necessária maior atenção à fase da gestação e ao puerpério. Este é um período delicado, que provoca sensações de fragilidade, desamparo e comportamentos inesperados, tal como depressão. A teoria winnicottiana trabalhou com o tema da maternidade e do ambiente favorecedor de saúde, especialmente por meio dos conceitos de cuidado, holding e transicionalidade. O projeto visa ofertar escuta e atenção psicológica a gestantes e acompanhantes a fim de propiciar a transicionalidade em relação à realidade do nascimento do bebê. O grupo ocorre com gestantes e acompanhantes na sala de espera do obstetra, três vezes por semana, em uma unidade de saúde de um município do interior do estado de São Paulo. Três duplas de estagiários de psicologia participam buscando oferecer escuta psicanalítica e holding ás gestantes e seus acompanhantes. Devido às características da gestação e parto serem transitórias, as configurações do grupo não são constantes e, assim, não há como quantificar os resultados no sentido de benefícios adquiridos. Entretanto, este espaço transicional propicia o compartilhamento de expectativas, ansiedades e angústias, além de informações sobre parto, gestação e maternidade. Há procura pela atenção psicológica individual, o que é considerado um resultado positivo, tornando possível trabalhar questões como ambivalências e fantasias que nem sempre são expostas no grupo. O grupo de sala de espera constitui-se em uma atuação considerada de prevenção psicológica ao favorecer a aproximação da gestante e de seus acompanhantes da realidade do novo ser que logo nascerá.
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