Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CV

Subárea: Saúde

Órgão de Fomento: Universidade Federal da Paraíba

AUTORES: Manuelle Clebiana de Lira silva (Autor)
Mikaelly Duarte Leite (Autor)
Tayná Thaís Cavalcanti Araújo (Autor)
Título
A IMPORTÂNCIA DO PROJETO DE EXTENSÃO PALHASUS NA HUMANIZAÇÃO DE UM COMPLEXO PSIQUIÁTRICO
Palavras-Chave
Humanização do ambiente; Palhasus; Tecnologias Leves
Resumo
Para excluir as pessoas do convívio social, surgiram os manicômios, sendo loucos os que apresentassem comportamentos que desviasse do padrão considerado “normal” pela sociedade. Mesmo com a reforma psiquiátrica, ainda nos deparamos com práticas atrasadas. Camisas de força e eletrochoques, perdem força dando lugar a outros métodos de contenção: química, física e/ou psicológica. Não é difícil se deparar com práticas como estas no Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, fundado em 1928, entretanto, algumas modificações aconteceram. Muitos progressos podem ser reconhecidos, como é o caso do fechamento do Sanatório Clifford em 2015, que funcionava dentro do Complexo, representando um passo importante na reforma psiquiátrica e luta antimanicomial na Paraíba. Contudo, há muito o que se avançar, pois não adianta eliminar estruturas físicas, quando as maiores barreiras estão na compreensão e sensibilização dos trabalhadores acerca do cuidado ofertado às pessoas em sofrimento psíquico. Entendemos que esta foi a referência de ‘cuidado’ que tinham, mas é necessário, modificar esta realidade. A partir destas reflexões, o projeto de extensão PalhaSUS, tem por objetivo buscar a humanização no cuidado. Sua principal metodologia são as relações humanas através do uso de tecnologias leves, como: a escuta, o vínculo, o olhar, a ética da alegria, etc. Desenvolvendo um novo papel social nos participantes da oficina do riso, de palhaços cuidadores, mediante o despertar da criança interior, parte dos egressos passam a atuar no complexo psiquiátrico nas tardes de sábado, cuidando e despertando reflexões acerca da humanização do ambiente e trabalhadores com os usuários. O palhaço cuidador é visto como um agente de transformação social, capaz de modificar o ambiente e tornar os espaços de atuação propícios ao processo de humanização. Sendo assim, conclui-se que o palhaço tem papel de facilitador da humanização e multiplicador de práticas de cuidado, mostrando aos cuidadores novas práticas de saúde.
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