Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CV

Subárea: Meio ambiente

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

AUTORES: FLAVIA ALVES SANTOS (Autor)
Irene Cardoso (Autor)
Rafael Mauri (Autor)
Vanessa Rena Guimaraes Silveira (Autor)
Título
CARAVANAS AGROECOLÓGICAS COMO FERRAMENTA DE CONSTRUÇÃO E TROCA DE CONHECIMENTO: RELATOS SOBRE A CARAVANA TERRITORIAL DA BACIA DO RIO DOCE
Palavras-Chave
Caravana, agroecologia, Rio Doce
Resumo
O movimento agroecológico no Brasil, por meio da Articulação Nacional de Agroecologia, vem promovendo desde 2013 Caravanas Agroecológicas e Culturais por todo o país. As caravanas objetivam propiciar o exercício coletivo de análise e de mobilização popular em torno de temas e problemáticas existentes no território. A Caravana Territorial da Bacia do Rio Doce (ocorrida de 11 a 16/04/2016) objetivou produzir leituras compartilhadas sobre a tragédia/crime ocorrida pelo rompimento da barragem da SAMARCO em Fundão, Mariana/MG; analisar seus impactos; fortalecer as lutas territoriais; mobilizar ações de denúncia; problematizar o modelo de desenvolvimento nas regiões e ampliar o diálogo com a sociedade. Foi construída por movimentos sociais, organizações da sociedade civil e instituições científicas, com amplo apoio popular. Quatro rotas distintas buscaram representar a bacia do Rio Doce. O ponto de culminância foi Governador Valadares/MG, onde as rotas se juntaram aos moradores da cidade para socialização das vivências da realidade dos que sofrem as consequências do rompimento da barragem: rio contaminado, terras devastadas, famílias desestruturadas, comunidades indígenas desoladas, fontes de trabalhos de subsistência comprometidas. As propriedades agroecológicas visitadas representam anúncios de modelos de desenvolvimento mais equitáveis e alternativa aos empreendimentos convencionais. Na culminância foram organizadas instalações artístico pedagógicas em praça pública, socializando o vivido nas rotas. Numa Mesa Política o crime foi discutido e houve, ao fim, um ato público na cidade, encerrado com a apresentação da Carta Política. A caravana apontou que as consequências do rompimento da barragem do Fundão explicitam a necessidade de se repensar modelos de desenvolvimento que respeitem as tradições e a natureza, na construção de uma sociedade mais justa e soberana. A caravana se mostrou eficiente como ferramenta de diagnóstico, de análise e da construção de conhecimentos.
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