Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CHLA/CN

Subárea: Cultura

Órgão de Fomento: Universidade Federal do Pará

AUTORES: Genilton de Campos Barbosa (Autor)
Débora Alfaia da Cunha (Co-Autor)
Título
rodas de literatura moçambicana para a formação cultural de professores: Mia Couto e a literatura como identidade social.
Palavras-Chave
Mia Couto. Moçambique. Literatura Africana.
Resumo
O trabalho busca contribuir com a Lei 10.639/2003 que tornou obrigatório o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira em todo o currículo da Educação Básica. Tal obrigatoriedade colocou a formação de professores em temas culturais como um grande desafio, em virtude da ausência desse debate nas licenciaturas. Com o intuito de enfrentar este desafio o Projeto de Extensão em Ludicidade Africana e Afro brasileiro (laab), voltado à proposição de metodologias lúdicas para o ensino de cultura africana, desenvolveu minicursos em literatura africana para a formação continuada de atuais e futuros professores. Os minicursos assumiram o nome de “Rodas de literatura” enfocando escritores moçambicanos. A escolha de Moçambique ocorreu por este país também utilizar o Português como idioma oficial, não tornando a língua uma barreira para a leitura das versões originais das obras. Um dos primeiros escritores escolhidos foi Mia Couto, pseudónimo de António Emilio Leite Couto. Ele é jornalista, escritor e professor, possuindo uma vasta produção literária voltada aos desafios sociais e aos costumes da sociedade moçambicana. O povo e as ruas de Moçambique surgem pelas atividades cotidianas como comer, namorar e brincar. Em suas obras a cultura do país é descrita de forma poética, mas não fantasiosa, tendo a critica ao descaso social que ainda persiste no país sempre presente. Por isso, seus personagens vivem em dualidade: riqueza cultural e pobreza econômica. Do ponto de vista metodológico o trabalho partiu de pesquisa bibliográfica, com destaque para as obras de Nascimento (2003) e Lérco (2012), e leitura de obras de Mia Couto. A oficina de formação, denominada de roda de literatura foi estruturada em três momentos: apresentação do autor e das principais características estilísticas, leitura de trechos de obras escolhidas e debate em grupo. As oficinas estão previstas para serem ofertadas no mês de junho a agosto para os alunos de licenciatura do Campus de Castanhal.
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