Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CSA

Subárea: Direitos Humanos e Justiça

Órgão de Fomento: Pontifícia Universidade Católica de Campinas

AUTORES: Vera Lúcia dos Santos Placido (Autor)
Maurício Corégio da Silva (Co-Autor)
Título
A cartografia social como direito à cidade: o exemplo da Comunidade do Jongo Dito Ribeiro, Campinas/SP
Palavras-Chave
Cartografia Social, Direito à cidade, Comunidade do Jongo Dito Ribeiro.
Resumo
A cartografia social tem sido largamente empregada em vários projetos sociais que intentam dar voz às diferentes territorialidades, ou seja, cabe as comunidades expressar-se no mapa localizando não apenas pontos de referência geográfica, mas, pontos de vivência e intensa conexão com o território – daí muitos entenderem também como territórios vividos. Assim, este plano se desenvolve em conjunto com a Comunidade do Jongo Dito Ribeiro, localizada em Campinas, SP, conhecida por resgatar e (re)significar a dança do Jongo na cultura afrodescendente em Campinas. No entanto, a comunidade enquanto organização coletiva está atenta para todas as dimensões da vida urbana, inclusive o direito à cidade. A grande questão mobilizadora das oficinas tem sido: “Onde está a comunidade do Jongo?” Ao responderem esse questionamento através da metodologia qualitativa, a comunidade se reconhece no território e lhe dá visibilidade através de suas histórias, conflitos e reivindicações que se esbarram no direito à cidade. Nesse sentido, grafar socialmente o espaço significa articular experiências e saberes que se mesclam no processo de construção de uma imagem coletiva do território, produzindo através dos mapas temáticos a organização espacial da vida comunitária bem como as diversas práticas associativas. Esta aproximação das pessoas com o território e a consciência do papel social que o mesmo exemplifica, amplia os horizontes das populações, contribuindo para a orientação e elaboração de políticas públicas mitigadoras das desigualdades sócio territoriais, resultado final almejado por esta intervenção extensionista. Porém, o resultado mais efetivo percebido até o momento é a consciência da comunidade em relação aos seus direitos à cidade, ampliando a perspectiva de justiça social e enfrentamento das desigualdades sócio raciais ao se perceberem como sujeitos sociais no território.
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