Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CV

Subárea: Meio ambiente

Órgão de Fomento: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

AUTORES: Ludivanelem Aparecida (Autor)
Juliana de Lima Passos Rezende (Orientador)
Título
ESTUDOS AMBIENTAIS E METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO SERRO – MG
Palavras-Chave
extensão universitária, caracterização ambiental, comunidades quilombolas
Resumo
O Projeto de Extensão Lições da Terra, em parceria com o INCRA, desde 2013 trabalha em comunidades rurais quilombolas, elaborando Relatórios Antropológicos como peça chave para a delimitação fundiária dos territórios destas comunidades. O projeto é formado por equipe multidisciplinar de estudantes e professores de diferentes cursos da PUC Minas, que através de métodos participativos caracterizam as comunidades do ponto de vista social, cultural e ambiental ao longo do tempo histórico. Nos anos de 2015/2016 foram atendidas 02 comunidades situadas no Serro, a urbana Vila Nova, localizada na sede do distrito de São Gonçalo do Rio das Pedras, e a Fazenda Santa Cruz, localizada na região rural do mesmo distrito. Os estudos ambientais para caracterização das comunidades foram realizados, usando-se métodos de pesquisa etnobiológica. Em cada comunidade foram feitos 02 mapas mentais desenhados pelos moradores, com a presença de cursos d´água, áreas da paisagem natural e áreas de cultivo; foram entrevistados informantes chave, que possuem conhecimento sobre o território e extrativismo vegetal; aplicados 24 questionários socioeconômicos na comunidade Vila Nova e 47 em Santa Cruz; realizadas turnês guiadas pelos territórios, que permitem a coleta de informações in loco para a delimitação do território e reconhecimento das fisionomias locais, bem como coleta/identificação das plantas nativas mais usadas. Apesar das comunidades estudadas apresentarem algumas categorias de uso/quantidades de plantas diferentes, o que pode estar associado ao aspecto de urbanicidade da comunidade de Vila Nova, apresentam ao mesmo tempo similaridade entre estas categorias, revelando um uso homogêneo do cerrado, bem como indicam a prevalência de hábitos dos ancestrais africanos trazidos ao Brasil no período da escravatura. A triangulação de todas estas metodologias e destes dados, permitem a caracterização dos territórios quilombola a serem titulados, colocando a comunidade como centro do processo.
Voltar Visualizar PDF

Parceiros