Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CHLA/CN

Subárea: Cultura

Órgão de Fomento: Universidade Federal da Grande Dourados

AUTORES: Gilcacia Gündel Saldanha (Autor)
Candida Graciela Chamorro (Orientador)
kayo Henrique Brites Fernandes (Colaborador)
Título
GRAFISMO KAIOWÁ: Uma Contribuição para a Arte, Memória e Patrimônio Indígena.
Palavras-Chave
Grafismo Indígena - Arte – Grafismo Kaiowá
Resumo
A arte é uma das formas de manter e fortalecer denominados aspectos da identidade dos povos indígenas, funcionando como um meio de identificação e, no caso de nosso tema, como uma comunicação visual. Essa arte está presente nos grafismos estampados nos artefatos, adereços e pinturas corporais que valorizam as tradições fundadas pelos ancestrais. O que se conhece sobre grafismo indígena não contempla os praticados pelos Kaiowá do Mato Grosso do Sul. De modo que o projeto Cantos Danças e Performances Kaiowá incluiu este tópico com o objetivo de conhecer os diversos padrões gráficos do grupo e sua possível associação com as expressões culturais sonoras. Depois de leituras de textos a fins e de levantamento de um material básico com o Sr. Joel Hirto, realizamos pesquisas de campo e oficinas no acampamento kaiowá Itay, localizado no município de Douradina-MS. Os mais velhos repassavam então seus conhecimentos e técnicas sobre grafismo aos demais adultos, jovens e às crianças da comunidade. Temos registrado até o momento os principais grafismos conhecidos nessa comunidade Kaiowá com suas relações antropológicas, cosmológicas e teológicas, através da coleta do vocabulário, das expressões, das histórias e das demais explicações relacionadas a essa arte. Esse material foi analisado à luz do que conhecemos sobre grafismos indígenas e sobre a cultura Kaiowá. Foi elaborado um catálogo com as imagens e das narrativas recolhidas, atendo-nos à solicitação das mestras e dos mestres tradicionais, preocupados com o fato de estarem ruindo a prática desta expressão cultural nas comunidades. Compartilhamos com eles que os saberes e fazeres tradicionais não podem ser esquecidos e que se devem encontrar maneiras de estimular os jovens e as crianças a aprenderem as técnicas e os conhecimentos intrínsecos dessa expressão cultural, estampada sobre o corpo humano e sobre a superfície de diversos artefatos da sua cultura material.
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