Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CV

Subárea: Saúde

Órgão de Fomento: Nenhum órgão de fomento

AUTORES: Débora Cristina de Freitas Batista (Autor)
Sarah Viana Fialho (Autor)
Frederico Prado Abreu (Autor)
Olívia Maria de Paula Alves Bezerra (Orientador)
Keller Guimarães Silveira (Co-Orientador)
Luana Pimentel Duarte (Autor)
Henrique Pereira Faria (Co-Orientador)
Título
ACOMPANHAMENTO LONGITUDINAL DE ARTESÃOS DA PEDRA-SABÃO DE OURO PRETO E MARIANA NO AMBULATÓRIO DE PROPEDÊUTICA RESPIRATÓRIA DA UFOP
Palavras-Chave
Pneumoconiose; Saúde do Trabalhador; Ambiente de Trabalho
Resumo
Introdução: A exposição ocupacional cumulativa à poeira do esteatito (pedra-sabão) pode levar ao desenvolvimento da talcose, caracterizada por fibrose pulmonar progressiva, irreversível, sem possibilidade de tratamento eficaz e que pode manifestar-se vários anos após o início da exposição. Todavia, essa doença pode ser prevenida por meio de medidas eficazes de controle ambiental, sendo indispensável acompanhar as pessoas com histórico de exposição ocupacional. Objetivo: Acompanhar longitudinalmente mineiros e artesãos em pedra-sabão dos municípios de Ouro Preto e Mariana. Metodologia: Foram realizadas anamneses clínica e ocupacional, radiografia de tórax padrão OIT, espirometria e dosagens de marcadores inflamatórios, de estresse oxidativo e de óxido nítrico no ar exalado (FENO) em 78 pacientes do Ambulatório de Propedêutica Respiratória (APR) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Resultados: Na anamnese, 48,72% dos pacientes que responderam ao questionário padronizado apresentaram pelo menos um dos achados relativos à sintomatologia respiratória como tosse, expectoração e dispneia. Ao exame físico, foram identificadas alterações na ausculta pulmonar, como crepitações bilaterais, sibilos, murmúrio vesicular diminuído e expansibilidade torácica diminuída. Dos 78 pacientes, houve 1 caso confirmado de talcose (1,28%), 1 caso de pneumonia (1,28%), 4 casos de asma (5,13%), 8 casos de rinite (10,26%), 11 casos de sinusite (14,10%) e 4 com bronquite crônica (5,13%), sendo o tempo médio de exposição de 9,5 anos. Conclusões: Os atendimentos realizados no APR continuam em andamento e, portanto, os resultados são inconclusivos. O projeto em questão pretende construir sugestões de mudanças nas relações de trabalho desta população exposta a fatores de risco, uma vez que o processo de trabalho geralmente é rudimentar e predominantemente manual, a fim de mitigar ou controlar a ocorrência de pneumoconiose entre artesões em pedra-sabão.
Voltar Visualizar PDF

Parceiros