Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CHLA/CN

Subárea: Cultura

Órgão de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

AUTORES: Thaise Costa de Melo (Autor)
Mikaelle de Souza Macêdo (Co-Autor)
Jeferson C. Barreto (Co-Autor)
José Justino Filho (Orientador)
Título
VALORIZAÇÃO DAS PRODUÇÕES EM CERÂMICA DAS LOUCEIRAS DO ABREU: AVANÇO DOS QUILOMBOLAS DO CURIMATAÚ PARAIBANO
Palavras-Chave
Quilombolas; artesanato; território.
Resumo
A comunidade Negra Serra do Abreu localiza-se em Nova Palmeira/PB, e foi reconhecida no ano de 2010 como a primeira comunidade remanescente de Quilombo do Curimataú. Esta comunidade é caracterizada pela agricultura familiar, pelo artesanato em tecidos, mas, peculiarmente, pela elaboração de peças de cerâmica, confeccionadas pelas chamadas “Louceiras do Abreu”. Este trabalho tem por objetivo descrever as atividades desenvolvidas pelo NEDET Curimataú/UFCG, em parceria com o Colegiado Territorial, para fortalecer a produção e a comercialização das peças fabricadas na comunidade, promovendo geração de renda, autonomia e valorização da cultura das Louceiras do Abreu. Em agosto de 2015, durante a homologação do Programa de Apoio à Infraestrutura nos Territórios (PROINF) 2015, foi aprovada a criação do Comitê de Quilombolas, visto a necessidade de organizar os membros desta comunidade, fortalecendo a sua participação no colegiado. Foi realizado, ainda, um encontro promovido pelo IFPB com o objetivo de ofertar oficinas de agregação de valores às peças em cerâmicas ali produzidas. Assim, para o PROINF, foi solicitada pelas mulheres quilombolas presentes, a aquisição de fornos e tornos elétricos, equipamentos estes que facilitariam a produção e comercialização de peças em cerâmica. Dias após, com a oferta da oficina pelo IFPB, observou-se o interesse das louceiras em aumentar o valor de comercialização de suas peças. Na ocasião, a comunidade mostrou o forno rudimentar improvisado de tijolos que usa a madeira como combustível para a obtenção do calor necessário para o cozimento das peças. Tal equipamento deixa as artesãs expostas a queimaduras e, além disso, não permite uma produção mais intensa, o que compromete a relação custo/benefício. Por fim, percebe-se que esse comitê precisa ser fortalecido e recomenda-se que haja formação política territorial, para solucionar os problemas de acordo com as medidas e costumes destes povos que se territorializam pelos seus conceitos.
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