Publicado no VII CBEU, em 2016. Área: CV Subárea: Saúde Órgão de Fomento: Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho |
AUTORES:
Ingrid Salgueiro Jarandilha da Silva (Autor) Mariele Rodrigues Correa (Orientador) Caroline Eloisa Barbosa (Co-Autor) Joselene Cristina Gerolamo (Co-Autor) Yasmin Cassetari Aparecida Silva (Co-Autor) Amália Salvador Batista (Co-Autor) Aline Sabbadini (Co-Autor) Aline Mendes Gonçalves (Co-Autor) Cristiano de Angelis Stolf Frutuoso (Co-Autor) Bianca Merino Buscher (Co-Autor) |
Título |
Narrativas, intergeracionalidade e terceira idade: as potencialidades de uma atividade extensionista em um Asilo |
Palavras-Chave |
Asilo; Subjetividade; Psicologia |
Resumo |
Este trabalho relata nosso projeto de extensão que tem por finalidade desenvolver oficinas de psicologia para grupos de idosos asilados. Entendemos que o processo de envelhecimento da população lança desafios para as ciências, como a Psicologia, no sentido de promover ações que fomentem a participação social dos idosos nos espaços públicos, as relações intergeracionais e outros. Sob essa perspectiva, nosso trabalho acontece desde 2013 e envolve alunos do 4º ano e 5º anos de Psicologia da UNESP (Universidade Estadual Paulista, campus de Assis), que atuam no projeto “Produzindo práticas e saberes na atenção psicológica grupal a idosos institucionalizados na cidade de Assis (SP)”, financiado pela Pró-Reitoria de Extensão da universidade. O objetivo é realizar atividades em grupo com idosos residentes em ILPIs (Instituições de Longa Permanência), com oficinas semanais de uma hora e meia de duração, que acontecem na universidade ou nos espaços urbanos. Utilizamos o referencial o Grupo Operativo de Pichon-Rivière (1983), que privilegia a constituição dos vínculos afetivos e o grupo como espaço de aprendizagem e quebra de estereotipias. O número de participantes varia de 10 a 20 idosos com idade superior a 65 anos. As oficinas procuram criar um espaço potencializador das subjetividades, por isso utilizamos dispositivos para fomentar a criatividade e a autonomia nos idosos, como música, telas para pintura, fotografia, etc. Percebemos o quanto é significativa a saída semanal da ILPI, possibilitando mudanças na rotina e na maneira que estes idosos vêm se apresentando durante as oficinas. É visível a potência da intergeracionalidade, dos desejos dos residentes, do resgate de memórias e valorização dos discursos/narrativas que eles apresentam. Por fim, as oficinas são manejadas de uma forma propícia para ressignificar imagens e sentidos da velhice institucionalizada, promovendo uma ruptura com as rotinas institucionais desvitalizadoras e produtoras de estereotipias de condutas. |