Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CV

Subárea: Saúde

Órgão de Fomento: Universidade Estadual Júlio Mesquita Filho

AUTORES: Flavio Ribeiro de Oliveira (Autor)
Mariele Rodrigues Correa (Orientador)
Monica Oliveira (Autor)
Título
Promovendo encontros com a terceira idade e a extensão: experiências com um grupo de idosas.
Palavras-Chave
envelhecimento; grupo; memória e subjetividade.
Resumo
O presente trabalho objetiva relatar a experiência de quatro discentes do curso de Psicologia que desenvolvem atividades junto ao grupo “Encontros com a Terceira Idade”, o qual é parte do projeto de extensão da UNATI (Universidade Aberta a Terceira Idade), da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus Assis. O grupo conta com a participação de 15 mulheres com idade superior a 60 anos e acontece semanalmente desde 2013. Seguimos o formato de oficinas com duração de uma hora e trinta minutos, com o objetivo de potencializar o processo de subjetivação das idosas com a prática de resgate da memória e reflexão dos temas propostos. Os encontros são discutidos previamente pelos alunos e pela professora supervisora, levando em consideração a sensibilidade e o olhar atento para assuntos que permeiam o cotidiano das idosas. Em cada encontro apresentamos uma música ou poema que são usados como disparadores para, em seguida, iniciar a atividade de uma roda de conversa temática. Os temas já trabalhados envolvem amizade; trabalho e aposentadoria; avosidade; memórias; sexualidade; envelhecimento e outros. O grupo com que atuamos caracteriza-se por ser reflexivo e propõe ressignificações para as vivências das participantes, o que nos indica que elas reencontram a capacidade de pensar, intervir e avaliar os diversos temas. Na experiência grupal, o resgate da memória e do valor da experiência fica muito evidente como forma de resistência à desqualificação da velhice. Enquanto o discurso social parece não dar voz nem ouvidos para a experiência do amadurecer, valorizando cada vez mais o inédito e o passageiro, na experiência grupal têm-se a oportunidade de fazer valer a voz daqueles que têm muito a falar, mas que parecem não ter muito espaço numa sociedade que valoriza o ideal de juventude. Nesse sentido, o resgate da memória pela narrativa é uma forma de pôr em evidência estes saberes silenciados, ao mesmo tempo em que re-significa o passado e busca novos sentidos para o presente.
Voltar Visualizar PDF

Parceiros