Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CHLA/CN

Subárea: Educação

Órgão de Fomento: Universidade Federal do Rio Grande do Norte

AUTORES: christina da silva camillo (Autor)
VANESSA BARBOSA DA SILVEIRA (Colaborador)
Sidney Soares Trindade (Colaborador)
JEAN CARLOS DA SILVA NASCIMENTO (Co-Orientador)
MARÍLIA ANIELLE DA SILVA FABRÍCIO (Co-Autor)
ANA KALINE DE LIMA (Colaborador)
RENATA SWANY SOARES DO NASCIMENTO (Colaborador)
Simone Almeida Gavilan Leandro Da Costa (Co-Autor)
Sergio Adriane Bezerra De Moura (Colaborador)
Título
O MUSEU DE CIÊNCIAS MORFOLÓGICAS: UM ESPAÇO INCLUSIVO
Palavras-Chave
Cegos, Museu, Inclusão Social
Resumo
O ensino das ciências morfológicas não pode se limitar somente ao contexto escolar, principalmente quando se trata de alunos com necessidades especiais. Desta forma, o Museu de Ciências Morfológicas (MCM) da UFRN vem desenvolvendo atividades de inclusão social e educação científica para o público deficiente visual. A deficiência visual pode ser classificada em baixa visão ou cegueira. Os indivíduos com visão normal são ditos normovisuais. Esse trabalho objetivou avaliar as respostas referentes à sensibilidade tátil de indivíduos cegos, com baixa visão e normovisuais com restrição de pista visual durante uma “Trilha Sensitiva” no MCM. Dezoito alunos do ensino fundamental, com idade entre 10 e 15 anos, foram distribuídos em três grupos: Cegos (n=6), Baixa Visão (n=6) e Normovisuais (n=6). Para avaliar a sensibilidade tátil foi organizada uma "Trilha Sensitiva” simulando um ambiente aquático e outro terrestre, onde foram colocados animais taxidermizados. Todos os alunos foram vendados e orientados a tatear os animais, enquanto os monitores aplicavam um questionário acerca da textura, forma e tamanho do animal, sendo cronometrado o tempo de resposta. O tempo médio para a resposta foi de 3,71(±1,74)s para cegos; 2,96(±1,53)s para os indivíduos com baixa visão e 3,14(±1,82)s para os normovisuais. O percentual de acerto das respostas foi de 62,5(±10,64)% para cegos; 64,6(±11,12)% para baixa visão e 73,9(±8,31)% para normovisuais. O desempenho similar entre os grupos sugere que a limitação visual não impossibilitou o deficiente visual de explorar os aspectos morfológicos propostos na trilha, uma vez que os demais sentidos são utilizados em potencial. Os normovisuais, por sua vez utilizaram-se da memória visual já adquirida mesmo em condição de privação da visão. O MCM consolidou-se como um espaço alternativo para enriquecer o estudo das ciências morfológicas e a utilização da anatomia palpatória mostrou-se eficaz para o ensino de morfologia para o público deficiente visual.
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