Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CV

Subárea: Saúde

Órgão de Fomento: Nenhum órgão de fomento

AUTORES: Rafael Silvério Borges (Autor)
Rosimár Alves Querino (Orientador)
Natália Fernandes Resende (Co-Autor)
Reginaldo Pereira França Júnior (Co-Autor)
Isabela Correa Silva (Co-Autor)
Ailton de Souza Aragão (Co-Autor)
Título
ETNOGRAFIA NA SAÚDE MENTAL: CONTRIBUIÇÕES DO MÉTODO ANTROPOLÓGICO PARA ATIVIDADES DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Palavras-Chave
Etnografia, Saúde Menta, Direitos Humanos.
Resumo
Introdução: O cenário de extensão do projeto “Con (viver) com arte: espaços de co-construção de sujeitos na saúde mental” é hospital psiquiátrico de Minas Gerais, instituição conveniada ao Sistema Único de Saúde que atende cerca de oitenta cidades. Nesse contexto, a abordagem etnográfica oferece a possibilidade de uma descrição densa das atividades com especial atenção para as relações interpessoais e as singularidades do sofrimento psíquico de cada um dos usuários acolhidos. Objetivos: Descrever as atividades de extensão desenvolvidas desde outubro de 2014 e relatar contribuições da utilização de metodologia etnográfica para a sistematização das práticas e análise crítico-reflexiva da extensão. Metodologia: Os cadernos de campo são elaborados individualmente por cada integrante da equipe, cerca de vinte e quatro alunos de graduação de diferentes cursos. Nos registros há a descrição pormenorizada do cotidiano institucional, das práticas desenvolvidas e, sobretudo, da interação entre acadêmicos, profissionais e usuários do hospital psiquiátrico. Os registros são a matéria-prima para a reflexão sobre as práticas de extensão e tem demonstrado a riqueza do método etnográfico, especialmente no campo da Saúde Mental. Resultados: Os registros evidenciam que a extensão propicia encontros singulares entre sujeitos, primordiais para a vivência da alteridade, acolhimento do outro em seu sofrimento e luta contra a despersonalização e medicalização da vida. Conclusões: A etnografia contribuiu sobremaneira para a descrição densa do cotidiano institucional e da dinâmica relacional entre usuários, extensionistas e profissionais, possibilitando assim, a problematização e ressignificação de situações vivenciadas por tais sujeitos. O método em questão possibilitou o reconhecimento dos impactos afetivos na relação entre sujeitos, a descrição densa dos fenômenos observados/vivenciados, a valorização da escuta e a incorporação da dimensão subjetiva na construção do conhecimento.
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