Publicado no VII CBEU, em 2016. Área: CV Subárea: Saúde Órgão de Fomento: Nenhum órgão de fomento |
AUTORES:
Ana Paula Chagas Pereira (Autor) Leticia Felipe Domingues (Co-Autor) Talita Cristina Grizólio (Co-Autor) Vitória Oliveira Rodrigues (Co-Autor) Otávio Loyola Martins (Co-Autor) Veridiane Gonçalves Braga (Co-Autor) Ailton de Souza Aragão (Orientador) Rosimár Alves Querino (Co-Autor) |
Título |
COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA: EXPERIÊNCIAS COM ADOLESCENTES NA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA (UBERABA, MG) |
Palavras-Chave |
Comunicação não violenta, CRAS, Adolescentes. |
Resumo |
Introdução: A família, além de ser um terreno fecundo para escolhas profissionais eafetivas, é cenário para vivências conflituosas. Assim como a escola, que protagoniza muitas vivências marcantes de crianças e adolescentes. O Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) aparece como ummeio de interligar esses espaços, de modo a promover discussões a partir da comunicação não violenta. O objetivo deste estudo foiconstruir um espaço de diálogo em dois CRAS na cidadede Uberaba de modo a fomentar a comunicação não violenta e promover a reflexão sobre variados temas. Metodologia: Foram realizadas 4 rodas de conversa com adolescentes participantes do ProJovem em dois CRAS, que totalizaram 18 adolescentes. Adotou-se como estratégia a produção de painéis confeccionados com colagens, que favoreceram a exposição de temas de relevância sobre dia-a-dia vivido no território. O caderno de campo também foi utilizado pelos extensionistas.Resultados: Os adolescentes demonstraram a força da cultura, pois presentes nos bairros em que residem internalizam-na em seus modos de ver o mundo. Um fenômeno: muitos não se consideram negros, mesmo sendo descendentes, praticam a discriminação étnica entre si. As atividades demonstram que a violência é a única forma de resolver seus conflitos. O território é marcado pelo crime e roubos e são consideradas atividades cotidianas e normais, necessárias para que algumas pessoas consigam sobrevier.Conclusão: Percebe-se que o adolescer nos territórios de vulnerabilidade imprime a lógica da comunicação violenta como forma de, dentre outras possibilidades, afirmação de si. Com isso, a concepção de risco deve ser superada com vistas aos limites analíticos para a proposição de ações de promoção dos direitos dos adolescentes. Nesse seara, salientamos a importância dos CRAS como espaços de convivência e de fortalecimento de vínculos e modelo de comunicação não violenta possível. |