Publicado no VII CBEU, em 2016. Área: CV Subárea: Saúde Órgão de Fomento: Nenhum órgão de fomento |
AUTORES:
Leticia Felipe Domingues (Co-Autor) Letícia Becerra Franco (Co-Autor) Ana Luíza Rosa Lucas (Co-Autor) Rosimár Alves Querino (Orientador) Isabela Correa Silva (Co-Autor) |
Título |
Oficina de cartas: espaços de diálogos e reflexões na Saúde Mental. |
Palavras-Chave |
Oficinas, Saúde Mental, Direitos Humanos. |
Resumo |
Introdução: Nas instituições da Rede de Atenção Psicossocial há diversos tipos de oficinas que oportunizam espaços para fala, expressão e interação. Permitem o contato com territórios inexplorados da subjetividade e valorizam a construção de vínculos, além de ser um instrumento de ressocialização e inserção individual. A presente comunicação objetiva descrever as atividades desenvolvidas nas Oficinas de Cartas pelo projeto de extensão (Inter) Faces da (Inter) Ação: visões e práticas em saúde mental. As oficinas facilitam a projeção de conflitos internos/externos, além de potencializar o lado criativo e expressivo do usuário. Método: Trata-se de oficina terapêutica de cartas desenvolvidas em hospital psiquiátrico, semanalmente, por uma equipe extensionista que realiza o projeto desde outubro de 2014. Os usuários são abordados individualmente e convidados para a realização de cartas, desenhos, poemas ou o que for do seu interesse. Os materiais disponibilizados são pranchetas, papel, lápis preto n.2 e lápis de cor. Cada participante decide o que deseja fazer e, caso solicite, pode contar com o apoio dos extensionistas, especialmente na escrita das cartas. As ações são registradas em cadernos de campo. Resultados: Há boa aceitação pela maioria dos usuários abordados e a maior demanda é pela produção de desenhos, pinturas e poemas. Aqueles que escrevem cartas – ou pedem para os extensionistas as escreverem – manifestam desejo de que as mesmas sejam entregues e utilizam tal momento para expor dimensões de seu processo de vida. Conclusão: As oficinas constituem-se em momentos de intenso contato com os usuários do hospital psiquiátrico e tem permitido ricos aprendizados sobre suas trajetórias e desejo de se expressarem. Quanto aos extensionistas, as oficinas repercutem de modo significativo no aprofundamento das reflexões iniciadas no ensino e apontam para a importância da extensão na formação de acadêmicos sensíveis às demandas coletivas, especialmente na saúde mental. |