Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CHLA/CN

Subárea: Educação

Órgão de Fomento: Nenhum órgão de fomento

AUTORES: Suelene Aparecida de Oliveira (Autor)
Lorrany Maiara Aparecida Silva (Co-Autor)
Paula Roberta Chagas (Orientador)
Título
Bela, recatada e do lar: uma análise comportamental e profissional da posição das mulheres, para formação de coletivos de mulheres no espaço escolar.
Palavras-Chave
empoderamento feminino, coletivos femininos, estágio docente
Resumo
O lugar da mulher na sociedade patriarcal que vivemos, durante toda a história do Brasil, foi delimitando espaços, os quais não poderia ocupar, apesar de sua competência e formação. Apesar dos avanços provenientes dos movimentos sociais em geral, alguns lugares ainda mantém o estigma de não serem ocupados por mulheres. Encontramos na prática do estágio, um discurso majoritário de alunos e alunas, que acabam reproduzindo esse lugar restrito e específico, alguns sendo enfaticamente contra o movimento por busca dos direitos das mulheres. O objetivo desse projeto é a realização de um trabalho focado em fortalecer a relação entre as alunas, para que unidas, possam se empoderar e buscar não os privilégios, mas a equiparação de direitos, de justiça e igualdade. Recentemente, uma matéria veiculada em mídia nacional, rotulava uma senhora, como “Bela recatada e do lar”, reforçando os estereótipos de mulheres que devem ser bonitas, discretas e responsáveis pelo lar, fazendo uma clara relação com um modelo de mulheres que busca a independência financeira, através do trabalho além dos muros de seu lar. A partir disso, a nossa metodologia foi analisar os modelos dessas mulheres-modelo, com um olhar oposto, pelo viés de emancipação da mulher, através do rompimento de diversos cânones relacionados à beleza normativa, à moral discreta e ao estereótipo de responsabilidade pelos trabalhos domésticos. Os resultados até o momento, foram a compreensão dessas alunas que esses modelos são impostos por uma sociedade que pouca relação tem com a realidade em que vivem, já que em sua maioria, são de escolas de periferias, com alunos de estratos sociais mais baixos, com predominância de famílias não nucleares e população majoritariamente parda e negra. Através desse trabalho de análise e realização de oficinas com alunas do ensino médio, buscamos o empoderamento dessa nova geração para que, cientes de seus direitos,busquem o reconhecimento e realização em qualquer atividade que escolherem.
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