Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CHLA/CN

Subárea: Cultura

Órgão de Fomento: MEC / Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

AUTORES: elilson pereira da silva (Autor)
Emerson Ramos Pereira (Co-Autor)
Francidalva André de Souza (Co-Autor)
Euclides Pereira Júnior (Co-Autor)
Ise de Goreth Silva (Orientador)
Título
Instrumento indígena Sanpura
Palavras-Chave
cultura indígena, instrumento tradicional, Roraima
Resumo
O presente trabalho foi realizado na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, município de Uiramutã-RR, comunidade Maturuca, situada a 29.8 km do município, e teve como objetivo abordar o método de confecção do instrumento musical indígena Sanpura, como parte do Programa de Extensão Insikiran Anna Eserenka do Instituto INSIKIRAN de Formação Superior Indígena da Universidade Federal de Roraima (UFRR). O Sanpura (tambor) é um instrumento indígena confeccionado por anciãos da aldeia, que durante o processo cantam e dançam para que não aconteça nenhum mal com os mesmos. Confeccionado de madeira de imbaúba (Cecropia pachystachya), de samaúma (Ceiba pentandra. L), couro de animais, tais como de macaco (espécie Ateles belzebuth e Ateles paniscus), cutia (Dasyprocta aguti), guariba (Alouatta guariba) e couro da barriga do veado (Cervus elaphus). O Sanpura é tocado como zabumba comum, usado para fazer o acompanhamento do ritmo musical indígena em seus rituais tradicionais. No preparo do material, a madeira foi coletada na floresta, cortada em um tamanho padrão e posta para secar, depois esculpida até formar um cilindro. O couro do animal foi adquirido por membros da comunidade, em seguida foi feito o tratamento de limpeza e modelagem no tamanho ideal para cada lado do cilindro, o couro foi posto de molho em água morna para adquirir flacidez, feito a amarração do couro em cada lado do cilindro, esticado com corda de curawa’ (fibra de planta da família das Bromeliaceae) em forma de costura para que o couro permaneça esticado e, por fim, posto para secar. Após a secagem do couro, o Sanpura está pronto para tocar. Pode-se concluir que o repasse do conhecimento de fabricação dos instrumentos tradicionais é valorizado e fica disponível para as gerações futuras.
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