Anais

Publicado no VII CBEU, em 2016.

Área: CV

Subárea: Saúde

Órgão de Fomento: Universidade Federal de Campina Grande

AUTORES: Letícia Júlia de Medeiros Teixeira (Autor)
Lívia Santos Dantas Saraiva (Autor)
Michelle Cristine Medeiros da Silva (Orientador)
Título
APLICAÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVERNCIONAIS (PANC’s) EM OFICINAS CULINÁRIAS COM IDOSOS DO MUNICÍPIO DE CUITÉ-PB: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Palavras-Chave
PANC’s, oficina culinária, idosos, território
Resumo
Por muitos anos, algumas espécies vegetais serviram de alimento para as populações, contudo, os conhecimentos e práticas alimentares tradicionais caíram em desuso com a influência dos interesses econômicos e desenvolvimento de monoculturas onde poucas espécies são cultivadas. Recentemente, o consumo de PANC’s, denominação dada às plantas encontradas facilmente e que exercem grande influência na alimentação, tem sido resgatado junto à sociedade. A definição do tema foi questão de discussão no grupo de idosos Alegria de Viver, Cuité-PB, a partir das sessões diabólicas junto aos seus membros. O presente estudo relata esta experiência de resgate das PANC’s em um projeto da UFCG em parceria com o grupo, composto por aproximadamente 60 integrantes, entre os idosos e membros da universidade, que se reúnem semanalmente em um equipamento da Assistência Social. Entre os meses de fevereiro a abril de 2016 sete oficinas culinárias foram desenvolvidas. Em cada encontro ocorria o diálogo sobre o uso culinário e exposição das sobre as características nutricionais de algumas PANC’s: bredo (Trianthema portulacastrum), hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), bela emília (Plumbago auriculata), flor boa noite (Catharanthus roseus), manga verde, palma (Opuntia cochenillifera), caroços de jaca e fruto da palma. O grupo trabalhou de forma integrada durante todo o período e ao final realizou avaliação positiva de suas vivências. Quanto à análise da aceitabilidade das preparações ofertadas os resultados foram os seguintes: muito bom (60,33%); bom (33,43%); regular (3,14%); ruim (0,83%) e; muito ruim (2,23%). Conclui-se que o trabalho integrado entre universidade e comunidade tem um potencial transformador para ambos: percebemos um impacto positivo no que tange ao resgate das PANC’s. Trata-se de uma importante ferramenta para variedade alimentar das populações, acesso a alimentos de baixo custo, preservação de hábitos alimentares tradicionais e desenvolvimento das potencialidades do território.
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